A CRENÇA COMO
META... A META COMO FIM...
os vícios, os
enganos, a injustiça, o desamor.
Nesse sistema
de tristezas
gravitam
multidões de
angústias
que se
acotovelam
nos espaços
de buscas inquietantes...
Há uma
necessidade crescente
de se
encontrar a fé...
Multiplicam-se
os caminhos.
Ritos e
rituais gerados nos anseios
vão-se
comercializando
no
quem-dá-mais
por um grama
de esperança.
É preciso
agarra-se a algo!
Quem sabe
Deus?
A um santo
espírito,talvez...
A um anjo?
Quem sabe a
um homem?!...
Há tantos que
estão
ou dizem estar
investidos de
tantos poderes...
Será
importante enganar-se a si mesmo
para
prender-se a um fiapo de fé?...
e o caos
antecipado na alma
tumultua os
sentimentos...
Vertigens de
impossibilidades
sacodem os remos
confundem os
rumos
fragilizam as
rimas
e os ramos
estéreis da crença
envelhecem
rápido
nos funerais
das fantasias...
É a vigília
do transitório
querendo o
sonho do eterno...
Mas... O que
é o eterno
senão o gosto
do presente
na plenitude
de sabê-lo inteiro?!...
É o crepúsculo da larva
que amanhece a borboleta...
O reto não
faz curvas, é verdade.
mas há tantos
inícios
para um mesmo
final...
Basta que se
trace a meta
e se mantenha
o passo...
É a indefinição
que desvirtua o fim...
Desistir é
aliar-se ao medo,
é corromper-se
dando razão
ao nunca..
Há virtude na espera
e há magia no encontro.
Mas, para
saber o mundo,
é preciso
antes saber-se...
E todos julgam que se sabem.
Mas não vão ao fundo
não encontram
o centro
e os espelhos
só lhes revelam
aquilo que
querem ver...
Só quando se
desaprendem
as “certezas”
limitantes
da vida,
é que se
abrem espaços
à vastidão do
ser...
E é só quando
se encara o caos
como apenas
uma face,
que se revela
aos olhos
a medida
exata
do tempo
em que nos
fazemos...
Linda Brandão
Dias
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