UM POUQUINHO DE TROVA
Temos tantos poetas, contistas e
trovadores bons, que, por vezes, não sei nem o que pinçar para dar um destaque.
E a trova, em sua singeleza, condensada
que é, transborda harmonia, delicadeza e delícias, ao mesmo tempo em que faz
refletir e inunda a alma de um sentimento de ternura inigualável.
Em gotas homeopáticas, portanto, salpico
aqui um pouco de trova para abrandar a vida dos leitores.
Na vida o que desencanta
é ver quanta gente insiste
em ser canário que canta
em troca de pouco alpiste.
(Autor: Izo Goldman)
O
poeta e o passarinho
têm sentimentos iguais:
quanto mais longe do ninho
mais tristes cantam seus ais
(Autor: Prof. Garcia)
Na
infância, a gente nem sente,
quanto o tempo nos desgasta;
mas como
desgasta a gente
depois que a infância se afasta!
Autor: Prof. Garcia
Se o elo
dos nossos braços
Não mais
se unirem na vida
Seremos sempre
pedaços
De uma
corrente partida
Autor:
Cezário Brandi Filho)
Quero
fugir do passado
Mas
não posso, a consciência
É
um velho barco ancorado
No
cais da minha existência.
Autor:
Hegel Pontes
Eu sempre dou mais um passo,
E outro mais se for
preciso,
Mas não deixo que o fracasso
Delimite o chão que eu piso.
Autor: José Ouverney
Ela tem carisma e porte
Que uma rainha revela,
E eu tenho mais: tenho a sorte
De reinar ao
lado dela!
Autor: José Ouverney
Eu te imploro, por
favor,
Não insistas neste
adeus.
Se não for por meu
amor,
Fica pelo amor de
Deus!
Autor: Arlindo
Tadeu Hagen
De
lutar jamais desista
Se
arme de forças e enfrente
Porque
o valor da conquista
Começa
dentro da gente/.
Autor:
Eugênia Maria Rodrigues
Sempre
acolho de mãos postas
E
humilde tento aceitar
O
silêncio das respostas
Que
a vida não sabe dar.
Autor:
Carolina Ramos