domingo, 26 de junho de 2016





PERDA

De repente
a “ficha” caiu.
E foi assim como se estivesse
parada no ar
há muito tempo
e só agora se fizesse visível!
Foi como se o seu giro
de ampulheta
congelasse as horas
e, repentinamente,
se rompesse o gelo
da dormência indescritível.
E a dor da perda veio
inteira e nua
imperiosa e escancarada
anunciando
o tempo de vazio
que findou
e que não há mais nada
 que a impeça...
E é sempre assim:
nas grandes perdas... grandes dores....
grandes mágoas...
um choque... um susto... Uma fisgada...
Uma dormência....
Depois a ausência inerte
que não cessa...


Linda B. Dias

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